"Tudo isso dói. Mas eu sei que passa,
que se está sendo assim é porque deve ser assim,
e virá outro ciclo, depois. Para me dar força,
escrevi no espelho do meu quarto:"Tá certo que
o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?"
É o que estou tentando vivenciar. Certo, muitas ilusões
dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo,
eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros
insolúveis, becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver, não é?"
(Caio Fernando Abreu)
que se está sendo assim é porque deve ser assim,
e virá outro ciclo, depois. Para me dar força,
escrevi no espelho do meu quarto:"Tá certo que
o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?"
É o que estou tentando vivenciar. Certo, muitas ilusões
dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo,
eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas.
Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros
insolúveis, becos-sem-saída. Nada é muito terrível. Só viver, não é?"
(Caio Fernando Abreu)
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
ResponderExcluirE lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade